quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Diário reflexivo do formador

Foi solicitado aos colegas, na quarta-feira, que avaliassem o curso até aquele momento. E eis algumas falas:


"No primeiro dia, houve a apresentação do Programa no auditório, pela manhã, a qual, por ser realizada num local pequeno, muita gente não pôde assistir, perdendo, assim, muitas informações. Logo após, dirigimo-nos para uma sala e então começamos os estudos.
Minhas expectativas eram que, no primeiro momento, o Guia Geral seria bastante explorado, esclarecendo todas as nossas dúvidas e anseios.
Quanto ao fato de não sabermos qual será a bolsa e que os coordenadores nem bolsa irão receber, [o que] não é justo, pois é um direito que todo trabalhador tem, o de ser remunerado.
Todos que assumimos tal função estamos dispostos a desenvolvê-la satisfatoriamente, portanto queremos ser tratados dignamente.
É triste um treinamento de tamanha significação não ter material (pasta, dicionário, caderno, lápis, caneta, borracha) nem lanche para os envolvidos.
Além de todos esses impasses, a estrutura da escola, ou melhor, da sala, não estava adequada e quando a formadora Caroline reivindicou uma sala melhor, o Diretor [da escola] ainda resolveu nos expulsar, causando um grande constrangimento.
Quanto à formadora, trata-se de uma pessoa competente, simpática, bonita, humana, sábia e, principalmente, determinada.
No item material tecnológico, houve um rendimento considerável, pois foram utilizados recursos apropriados.
Houve bastante proveito nesses três dias de estudo, pois a metodologia da formadora é sutil e faz com que a gente aprenda "brincando".
O que estou sentindo, além de muita saudade de casa, é otimismo quanto à implementação do Programa, apesar de todas as dificuldades a serem enfrentadas.

Carinhosamente,
Horjana.
19/02/2009"

*******

"É doloroso estudar, porém os frutos que obtemos do estudo são maravilhosos.
O melhor desses frutos é o contato com o novo, com o desconhecido. O estudo nos faz conhecer melhor até aquilo que julgamos já conhecer.
A escrita, por exemplo, quantas vezes já ouvimos sobre ela, quantas vezes falamos a respeito desse assunto com nossos alunos. E não é que, de repente, ela se apresenta como se fosse a primeira vez. Sempre soube que ela era importante, que estava presente em todos os lugares, que nos ensina, nos diverte e que é capaz de manifestar ao mundo meus anseios, minhas idéias, meu íntimo. Porém, eu não havia pensado na escrito como instrumento de poder e de dominação.
Não tinha reparado que muitos dos que dominam a escrita também a usam para manipular os outros. Também descobri, e fico feliz por isso, que através dela, quando queremos e acreditamos, podemos transformar vidas e até uma sociedade.

Simei Alves
Barra do Corda"

***********

"São Luís, 18 de fevereiro de 2009.

"Um escritor pode fazer reboliço com as palavras". Com essa frase quero comentar a aula de hoje, que considero bastante proveitosa considerando que todos estão tendo a oportunidade de compartilhar suas experiências.
Hoje os assuntos abordados foram pertinentes ao entendimento, bem como orientações sobre a produção do memorial, discussões de textos e placas. Houve interação e até diversão.
O filme [Narradores de Javé] abriu um leque maior para discussão sobre letramento, tipo de texto, identidade da pessoa ou lugar e a importância da leitura e da escrita. Os comentários foram enriquecedores que, com certeza, poderão ser aplicados com nossos professores cursistas.
Sugestão: gostaria que manuseássemos mais o material para que, caso haja dúvida, pudéssemos tirá-las logo. Até o momento, está claro e compreensivo.

Profa. Claudecy P. Vieira"

*************

Foi mantida a escrita original com revisão apenas da pontuação e da concordância. O que esté entre colchetes é comentário ou acréscimo meu.

Nenhum comentário: