domingo, 30 de agosto de 2009

Informe-se para votar: Marina Silva em entrevista a Veja de 30.08.09



Entrevista

Marina imaculada

Politicamente correta, com biografia sem nódoas e uma doçura sem
par, a senadora verde diz por que deixou o PT e o que defenderá na
corrida à Presidência da República em 2010

Sandra Brasil

Foto: Lailson Santos (Veja)


A senadora Marina Silva, do Acre, causou um abalo amazônico ao Partido dos Trabalhadores. Depois de trinta anos de militância aguerrida, abandonou a legenda e marchou para o Partido Verde, seduzida por um convite para ser a candidata da agremiação à Presidência da República em 2010. Para o PT, o prejuízo foi duplo: não só perdeu um de seus poucos integrantes imaculadamente éticos, como ganhou uma adversária eleitoral de peso. Os petistas temem, e com razão, que a candidatura de Marina tire muitos votos da sua candidata ao Planalto, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Na semana passada, Marina, de 51 anos, casada, quatro filhos, explicou a VEJA as razões que a levaram a deixar o PT – e opinou sobre temas como aborto, legalização da maconha e criacionismo.

A senhora será candidata a presidente pelo Partido Verde?
Ainda não é hora de assumir candidatura. Há uma grande possibilidade de que isso aconteça, mas só anunciarei minha decisão em 2010.

Se sua candidatura sair, como parece provável, que perfil de eleitor a senhora pretende buscar?
Os jovens. Eles estão começando a reencontrar as utopias. Estão vendo que é possível se mobilizar a favor do Brasil, da sustentabilidade e do planeta. Minha geração ajudou a redemocratizar o país porque tínhamos mantenedores de utopia. Gente como Chico Mendes, Florestan Fernandes, Paulo Freire, Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, que sustentava nossos sonhos e servia de referência. Agora, aos 51 anos, quero fazer o que eles fizeram por mim. Quero ser mantenedora de utopias e mobilizar as pessoas.

Sua saída abalou o PT. Além da possibilidade de disputar o Planalto, o que mais a moveu?
O PT teve uma visão progressista nos seus primeiros anos de vida, mas não fez a transição para os temas do século XXI. Isso me incomodava. O desafio dos nossos dias é dar resposta às crises ambiental e econômica, integrando duas questões fundamentais: estimular a criação de empregos e fomentar o desenvolvimento sem destruir o planeta. O crescimento econômico não pode acarretar mais efeitos negativos que positivos. Infelizmente, o PT não percebe isso. Cansei de tentar convencer o partido de que a questão do desenvolvimento sustentável é estratégica – como a sociedade, aliás, já sabe. Hoje, as pessoas podem eleger muito mais do que o presidente, o senador e o deputado. Elas podem optar por comprar madeira certificada ou carne e cereais produzidos em áreas que respeitam as reservas legais. A sociedade passou a fazer escolhas no seu dia a dia também baseada em valores éticos.

A crise moral que se abateu sobre o PT durante o governo Lula pesou na decisão?
Os erros cometidos pelo PT foram graves, mas estão sendo corrigidos e investigados. Quando da criação do PT, eu idealizava uma agremiação perfeita. Hoje, sei que isso não existe. Minha decisão não foi motivada pelos tropeços morais do partido, mesmo porque eles foram cometidos por uma minoria. Saí do PT, repito, por falta de atenção ao tema da sustentabilidade.

Ou seja, apesar de mudar de sigla, a senhora não rompeu com o petismo?
De jeito nenhum. Tenho um sentimento que mistura gratidão e perda em relação ao PT. Sair do partido foi, para mim, um processo muito doloroso. Perdi quase 3 quilos. Foi difícil explicar até para meus filhos. No álbum de fotografias, cada um deles está sempre com uma estrelinha do partido. É como se eu tivesse dividido uma casa por muito tempo com um grupo de pessoas que me deram muitas alegrias e alguns constrangimentos. Mudei de casa, mas continuo na mesma rua, na mesma vizinhança.

No período em que comandou o Ministério do Meio Ambiente, a senhora acumulou desavenças com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Como será enfrentá-la em sua eventual campanha à Presidência?
Não vou me colocar numa posição de vítima em relação à ministra Dilma. Quando eu era ministra e tínhamos divergências, era o presidente Lula quem arbitrava a solução. Não é por ter divergências com Dilma que vou transformá-la em vilã. Acredito que o Brasil pode fazer obras de infraestrutura com base no critério de sustentabilidade. Temos visões diferentes, mas não vou fazer o discurso fácil da demonização de quem quer que seja.

Um de seus maiores embates com a ministra Dilma foi causado pelas pressões da Casa Civil para licenciar as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira. A senhora é contra a construção de usinas?
No Brasil, quando a gente levanta algum "porém", já dizem que somos contra. Nunca me opus a nenhuma hidrelétrica. O que aconteceu naquele caso foi que eu disse que, antes de construir uma usina enorme no meio do rio, era preciso resolver o problema do mercúrio, de sedimentos, dos bagres, das populações locais e da malária. E eu tinha razão. Como as pessoas traduziram a minha posição? Dizendo que eu era contra hidrelétricas. Isso é falso.

Se a senhora for eleita presidente, proibirá o cultivo de transgênicos?
Eis outra falácia: dizer que sou contra os transgênicos. Nunca fui. Sou a favor, isso sim, de um regime de coexistência, em que seria possível ter transgênicos e não transgênicos. Mas agora esse debate está prejudicado, porque a legislação aprovada é tão permissiva que não será mais possível o modelo de coexistência. Já há uma contaminação irreversível das lavouras de milho, algodão e soja.

O que a senhora mudaria no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)?
Eu não teria essa visão de só acelerar o crescimento. Buscaria o desenvolvimento com sustentabilidade, para que isso pudesse ser traduzido em qualidade de vida para as pessoas. Obviamente, é necessário que o país tenha infraestrutura adequada. Mas é preciso evitar os riscos e problemas que os empreendimentos podem trazer, sobretudo na questão ambiental.

Na economia, faria mudanças?
Não vou me colocar no lugar dos economistas. Prefiro ficar no lugar de política. Em linhas gerais, acho que o estado não deve se colocar como uma força que suplanta a capacidade criativa do mercado. Nem o estado deve ser onipresente, nem o mercado deve ser deificado. Também gosto da ideia do Banco Central com autonomia, como está, mas acho que estão certos os que defendem juros mais baixos.

No seu novo partido, o PV, há uma corrente que defende a descriminalização da maconha. Como a senhora se posiciona a respeito desse assunto?
Não sou favorável. Existem muitos argumentos em favor da descriminalização. Eles são defendidos por pessoas sérias e devem ser respeitados. Mas questões como essa não podem ser decididas pelo Executivo, e sim pelo Legislativo, que representa a sociedade. A minha posição não será um problema, porque o PV pretende aprovar na próxima convenção uma cláusula de consciência, para que haja divergências de opinião dentro do partido.

Os Estados Unidos elegeram o primeiro presidente negro de sua história, Barack Obama. Ele é fonte de inspiração?
Eu também sou negra, mas seria muito pretensioso da minha parte me colocar como similar ao Obama. Ele é uma inspiração para todas as pessoas que ousam sonhar. A questão racial teve um peso importante na eleição americana. Mas os Estados Unidos têm uma realidade diferente da do Brasil. Eu nunca fui vítima de preconceito racial aqui.

A senhora poderia se apresentar como uma candidata negra na campanha presidencial?
Não. É legítimo que as pessoas decidam votar em alguém por se identificar com alguma de suas características, como o fato de ser mulher, negra e de origem humilde. Mas seria oportunismo explorar isso numa campanha. O Brasil tem uma vasta diversidade étnica e deve conviver com as suas diferentes realidades. Caetano Veloso (cantor baiano) já disse que "Narciso acha feio o que não é espelho". Nós temos de aprender a nos relacionar com as diferenças, e não estimular a divisão. A história engraçada é que, durante as prévias do Partido Democrata americano, quando a Hillary Clinton disputava a vaga com Obama, um amigo meu brincou comigo dizendo que os Estados Unidos tinham de escolher entre uma mulher e um negro, e, se eu fosse candidata no Brasil, não teríamos esse problema, porque sou mulher e negra.

A senhora é a favor da política de cotas raciais para o acesso às universidades?
Há quem ache que as cotas levam à segregação, mas eu sou a favor de que se mantenha essa política por um período determinado. Acho que há, sim, um resgate a ser feito de negros e índios, uma espécie de discriminação positiva.

Mas a senhora entrou numa universidade pública sem precisar de cotas, embora seja negra, de origem humilde e alfabetizada pelo Mobral.
Sou uma exceção. Tenho sete irmãos que não chegaram lá.

Aos 16 anos, a senhora deixou o seringal e foi para a cidade, a fim de se tornar freira. Como uma católica tão fervorosa trocou a Igreja pela Assembleia de Deus?
Fui católica praticante por 37 anos, um aspecto fundamental para a construção do meu senso de ética. Meu ingresso na Assembleia de Deus foi fruto de uma experiência de fé, que não se deu pela força ou pela violência, mas pelo toque do Espírito. Para quem não tem fé, não há como compreender. Esse meu processo interior aconteceu em 1997, quando já fazia um ano e oito meses que eu não me levantava da cama, com diagnóstico de contaminação por metais pesados. Hoje, estou bem.

A senhora é mesmo partidária do criacionismo, a visão religiosa segundo a qual Deus criou o mundo tal como ele é hoje, em oposição ao evolucionismo?
Eu creio que Deus criou todas as coisas como elas são, mas isso não significa que descreia da ciência. Não é necessário contrapor a ciência à religião. Há médicos, pesquisadores e cientistas que, apesar de todo o conhecimento científico, creem em Deus.

O criacionismo deveria ser ensinado nas escolas?
Uma vez, fiz uma palestra em uma escola adventista e me perguntaram sobre essa questão. Respondi que, desde que ensinem também o evolucionismo, não vejo problema, porque os jovens têm a oportunidade de fazer suas escolhas. Ou seja, não me oponho. Mas jamais defendi a ideia de que o criacionismo seja matéria obrigatória nas escolas, nem pretendo defender isso. Sou professora e uma pessoa que tem fé. Como 90% dos brasileiros, acredito que Deus criou o mundo. Só isso.

A senhora é contra todo tipo de aborto, mesmo os previstos em lei, como em casos de estupro?
Não julgo quem o faz. Quando uma mulher recorre ao aborto, está em um momento de dor, sofrimento e desamparo. Mas eu, pessoalmente, não defendo o aborto, defendo a vida. É uma questão de fé. Tenho a clareza, porém, de que o estado deve cumprir as leis que existem. Acho apenas que qualquer mudança nessa legislação, por envolver questões éticas e morais, deveria ser objeto de um plebiscito.

Seu histórico médico inclui doenças muito sérias, como cinco malárias, três hepatites e uma leishmaniose. A senhora acredita que tem condições físicas de enfrentar uma campanha presidencial?
Ainda não sou candidata, mas, se for, encontrarei forças no mesmo lugar onde busquei nas quatro vezes em que cheguei a ser desenganada pelos médicos: na fé e na ciência.

Senadores querem dedicação exclusiva para professor da educação básica


Mais uma informação importante sobre a Educação Básica. Leiam texto a respeito em www.stellabortoni.com.br.

Aguardo comentários e posicionamentos nos blogs.

Abraços

O céu de Brasília

Passei aqui para fazer apologia ao céu mais lindo do Brasil.

Declamado por muitos poetas:


Beleza bonita de ver nada existe como o azul
Sem manchas do céu do Planalto Central
E o horizonte imenso aberto sugerindo mil direções
E eu nem quero saber se foi bebedeira louca ou lucidez.
Flávio Venturini

Ah, Céu de Brasília, francamente, você, quando capricha, meu coração fica sem argumento. Te adoro, você me acolhe e me protege como nenhum céu o faz, nem o céu capixaba maravilhoso de minha terra. É lindo ele, mas é de outra qualidade, outra especialidade. Sempre foi assim, já reparou? Desde a primeira vez, cheguei plebéia e saí daqui rainha. Você é uma gracinha, foi logo me premiando de estréia! Me tratas com muitas honras pra quem é só dois anos mais velha.
Elisa Lucinda

Esse imenso desmedido amor
Vai além de seja o que for
Passa mais além do céu de Brasília
Traço do arquiteto
Gosto tanto dela assim
Djavan


Um abraço gigantesco para todas/os as/os colegas de Gestar II.

A foto do post foi pega na Internet e é do Memorial JK, um dos monumentos mais visitados da capital.

Bom domingo!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

PROGRAMA DE GESTÃO DA APRENDIZAGEM – GESTAR II - LÍNGUA PORTUGUESA
PÓLO: SÃO LUÍS – MA/ 2009
FORMADORES: José Antonio Sousa Silveira – SEEDUC / Maria Dulcinéa Ferreira Mendes - SEEDUC

PLANEJAMENTO
I ENCONTRO: 06/06/2009
Carga-Horária: 4h
CONTEÚDO: ESTUDO DO GUIA GERAL
Unidade 1- O Gestar II como Programa de Formação Continuada em Serviço
1- Caracterização do Gestar II
2-Modalidade do Programa
3-Ações Integrantes do Gestar II
Unidade 2 – Proposta do Gestar II
1- Fundamentos da Proposta
2- Currículo do Gestar II / Língua Portuguesa
Unidade 3 – Implementação do Gestar II
1- Sistema Instrucional do Gestar II
2- Sistema de Avaliação do Professor Cursista
Unidade 4 – O Gestar II, as Expectativas de Mudança e a Especificidade do Programa em cada Escola
1- As Expectativas de Mudança a partir do Gestar II
2- Um Gestar II para cada escola
Unidade 5 – Procedimentos para a utilização dos cadernos de atividades de apoio à aprendizagem do aluno
OBJETIVOS:
Identificar os fundamentos do programa e a sua articulação como política de formação continuada em serviço
Discutir os elementos que compõem a proposta pedagógica
Implementar o Gestar II
Explorar as expectativas de mudança a partir do Gestar II
Traçar um prognóstico do Gestar II para a sua própria escola
PROCEDIMENTOS
1º momento
DISTRIBUIÇÃO DO MATERIAL
ABERTURA DO PROGRAMA
2º momento
APRESENTAÇÃO DO FORMADOR
FALA INICIAL
3º momento
ESTUDO DO GUIA GERAL:
Leitura do Guia Geral junto com os cursistas
Exposição de slides para introdução do conteúdo
ATIVIDADE AVALIATIVA:
Participação nas atividades e discussões
RECURSOS: Guia Geral, data show, pincel, lousa

RELATÓRIO
O Programa de Gestão da Aprendizagem – GESTAR II implantado no município de São Luís e coordenado pela Secretaria Estadual de Educação do Estado do Maranhão teve início no dia 06 de Junho de 2009.
A abertura do programa contou com a presença da Coordenadora Estadual, a Professora Maria Delza Sampaio, da Técnica Pedagógica Rosangela Diniz, dos Professores Formadores José Antonio Sousa Silveira, Maria Dulcinéa Ferreira Mendes (Língua Portuguesa) e Carlos Henrique Santos (Matemática) e dos 120 Professores Cursistas. Após breves considerações feitas pela coordenadora geral, cursistas e formadores deram início aos trabalhos.
Em um primeiro momento, foi feita a distribuição do material do programa. Em seguida, iniciaram-se o estudo do material com a leitura do guia geral com o objetivo de situar os cursistas oferecendo as informações necessárias para o melhor entendimento acerca do programa. Em um segundo momento, foi dado espaço para que os cursistas fizessem seus questionamentos sobre a estrutura e o funcionamento do curso.




PLANEJAMENTO
II ENCONTRO: 13/06/2009
ESTUDO DO TP3: GÊNEROS TEXTUAIS E TIPOS TEXTUAIS
Carga-Horária: 4h

CONTEÚDO: Unidade 9 - Gêneros textuais: do intuitivo ao sistematizado
1- O conhecimento intuitivo dos gêneros
2-Gêneros textuais e competência sociocomunucativa
3-Classificando gêneros textuais

OBJETIVOS:
1- Identificar as diferenças e semelhanças na organização dos textos utilizados em diversos contextos de uso lingüístico;
2- Relacionar gêneros textuais e competência sociocomunicativa;
3- Identificar características que levam à classificação de um gênero textual.

PROCEDIMENTOS
1º momento
DINÂMICA DE APRESENTAÇÃO: (+-30min)
1. Pedi ao professores que se apresente, informando nome, grau de escolaridade, série em que atua. Em seguida, dizer uma qualidade e um defeito com relação a sua pessoa;
2. Leitura de um texto para reflexão.
2º momento
AULA EXPOSITIVA: (+-50min)
1. Exposição dos slides para introdução do conteúdo (objetivos do ensino de língua portuguesa, concepções sobre texto, gênero e tipo textual).
3º momento
ESTUDO DIRIGIDO DO TP3: GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS (+-150min) (intervalo de 20min após divisão de grupos)
1. Dividir a turma em grupos de acordo com a escola em que atuam, em seguida, reagrupá-los para formar dez equipes;
GRUPOS:
1 – SEÇÃO 1 – ATIVIDADES 1 E 2
2 – SEÇÃO 1 – ATIVIDADES 3 E 4
3 – AAA3 – AULA 01
4 – SEÇÃO 2 – ATIVIDADES 5 E 6
5 – SEÇÃO 2 – ATIVIDADE 7
6 – AAA3 – AULA 02
7 – SEÇÃO 3 – ATIVIDADE 8
8 – SEÇÃO 3 – ATIVIDADE 9
9 – AAA3 – AULA 04
10 – AAA3 – AULA 06
2. Cada equipe tem que comentar as atividades e responder para os demais grupos, confrontando as respostas dadas com a opinião dos demais; Verificar a viabilidade de aplicação das atividades em sala de aula com os alunos; Destacar conteúdos trabalhados nas atividades propostas.

ATIVIDADE AVALIATIVA:
Após leitura do texto contido em “Ampliando nossas referências”, responder as questões apresentadas e, a partir delas, produzir um texto dissertativo que contemple a temática abordada no texto referência.

RECURSOS: TP3, AAA3, datashow, pincel, lousa

RELATÒRIO
Neste segundo encontro, demos inicio ao estudo do TP3, Unidade 09, conforme explicitado no planejamento. As atividades aconteceram de acordo com as previsões feitas, sem nenhum contratempo. Além disso, ressaltamos como positiva a participação e o envolvimento dos professores cursistas, que se mostraram bastante motivados pela forma dinâmica de desenvolvimento das atividades. A cada resolução das atividades feitas pelos grupos toda a turma participava ativamente dando contribuições valiosíssimas. Em função do tempo destinado para o encontro, quatro horas, a conclusão das atividades ficou para o encontro seguinte.







PLANEJAMENTO
III ENCONTRO: 20/06/2009

Carga - Horária: 4 horas

CONTEÚDO: Unidade 10 – Trabalhando com gêneros textuais:
1- Gênero literário e não-literário
2- O gênero poético
3- Uma subclassificação do gênero poético: o cordel

OBJETIVOS:
1- Distinguir as características de gênero literário e de gênero não-literário;
2- Caracterizar gênero poético, de acordo com a função estética da linguagem;
3- Caracterizar uma das formas de realização do gênero poético: o cordel.


PROCEDIMENTOS:
1º momento:

LEITURA DE TEXTO PARA REFLEXÃO
RETOMADA E CONCLUSÃO DO ESTUDO DA UNIDADE 09. PARA CONCLUSÃO DA UNIDADE, PEDIR QUE O CURSISTA, OU GRUPO DESCREVA A ATIVIDADE PARA A TURMA, INFORMANDO:
- Aplicabilidade: viabilidade de aplicação na sala de aula, com os alunos.
- Objetivos: a atividade atende aos objetivos da seção estudada? Por quê?
- Pertinência: a atividade está pertinente ao conteúdo estudado na seção? Por quê?
- a atividade obedece aos critérios de ensino e aprendizagem de um ponto de vista interacionista?
RESUMO DOS CONTEÚDOS TRABALHADOS NA UNIDADE ESTUDADA
ENCAMINHAMENTO DAS ATIVIDADES AVANÇANDO NA PRÁTICA

2º momento:

INÍCIO DO ESTUDO DA UNIDADE 10 – TRABALHANDO COM GENEROS TEXTUAIS:
1. A turma será dividida em dez grupos. Cada grupo ficará encarregado de executar uma atividade e socializar com a turma, bem como informando o conteúdo trabalhado na atividade e em que tal atividade pode auxiliar seu trabalho em sala de aula.
2. Concluir a unidade, apresentando resumos dos conteúdos apresentados e fazer os encaminhamentos das atividades avançando na prática.
3º momento:

1. Definir tema e estrutura do projeto
2. Tratar sobre os itens que devem conter o projeto escrito
3. Lembrar aos professores que as atividades INDO Á SALA DE AULA e AVANÇANDO NA PRÁTICA são atividades que devem ser executadas na escola na qual desempenha sua função de professor e que sua prática deve sempre ser apresentada em forma de relatório, organizado de forma a compor seu portifólio.

ATIVIDADES AVALIATIVAS:
Presença e participação nas discussões e atividades propostas
Execução das atividades Indo à sala de aula e Avançando na prática

RELATÓRIO
A conclusão das atividades do encontro anterior foi extremamente proveitosa. Os professores cursistas puderam expor suas dúvidas e compartilharam suas experiências já na primeira semana do curso, relatando que deram início às mudanças na maneira de trabalhar a leitura e a escrita em sala de aula com seus alunos. Alguns tiveram a oportunidade de executar as sugestões de atividades do avançando na prática e indo à sala de aula, o que demonstrou o processo de mudança na prática do professor. Iniciamos o estudo da unidade 10, conforme explicitado no planejamento. Neste encontro, aproveitamos para tratar, ainda que de forma resumida, acerca do projeto que deve ser implementado na escola junto aos alunos.
O encontro seguinte aconteceria no dia 27/06/2009, mas em função da Eleição do Colegiado Escolar, planejado pela SEDUC para acontecer nesta data em todas as escolas da rede estadual, resolvemos o retorno para depois das férias, no mês de agosto. Segundo a Coordenação Estadual do Gestar II, para o segundo semestre os encontros terão duração de 8 horas, o que deverá facilitar o desenvolvimento das atividades.


PLANEJAMENTO
IV ENCONTRO: 01/08/2009

Carga - Horária: 8 horas

CONTEÚDO: Unidade 11 - Tipos Textuais:
1- Sequências tipológicas: descrição e narração
2- Sequências tipológicas: os tipos injuntivo e preditivo
3- Sequências tipológicas: o tipo dissertativo

OBJETIVOS:
1- Caracterizar seqüências tipológicas narrativas e descritivas;
2- Caracterizar seqüências tipológicas injuntivas e preditivas;
3- Caracterizar seqüências tipológicas expositivas e argumentativas como dois aspectos do tipo dissertativo..


PROCEDIMENTOS:
1º momento:

RETOMADA E CONCLUSÃO DO ESTUDO DA UNIDADE 10.
Para conclusão da unidade, será realizada a OFICINA 5 da referida unidade.
APÓS A REALIZAÇÃO DA OFICINA, cada grupo apresentará resumo dos conteúdos trabalhados nas unidades estudadas e será feito encaminhamento das atividades AVANÇANDO NA PRÁTICA enquanto atividade avaliativa

2º momento:

INÍCIO DO ESTUDO DA UNIDADE 11 – TIPOS TEXTUAIS
1. Leitura do texto “GENEROS TEXTUAIS E TIPOLOGIA TEXTUA: COLOCAÇÕES SOB DOIS ENFOQUES TEÓRICOS”
2. Comentários sobre o texto, apresentando posicionamento em relação aos enfoques teóricos abordados.
3. A turma será dividida em dez grupos. Cada grupo ficará encarregado de executar uma atividade e socializar com a turma, bem como informando o conteúdo trabalhado na atividade e em que tal atividade pode auxiliar seu trabalho em sala de aula.
4. Concluir a unidade, apresentando resumos dos conteúdos trabalhados.
5. Fazer os encaminhamentos das atividades AVANÇANDO NA PRÁTICA.
3º momento:

INÍCIO DO ESTUDO DA UNIDADE 12 – A inter-relação entre gêneros e tipos textuais
4. Definir tema e estrutura do projeto
5. Tratar sobre os itens que devem conter o projeto escrito
6. Lembrar aos professores que as atividades INDO Á SALA DE AULA e AVANÇANDO NA PRÁTICA são atividades que devem ser executadas na escola na qual desempenha sua função de professor e que sua prática deve sempre ser apresentada em forma de relatório, organizado de forma a compor seu portfólio.
7. Dar as orientações prévias para o encontro de 08/08/2009

ATIVIDADES AVALIATIVAS:
Presença e participação nas discussões e atividades propostas
Execução das atividades Oficina 5 e Avançando na prática

RELATÓRIO

Iniciamos este encontro com a realização da primeira oficina, oficina 5, da unidade 10. Tal como orientado no caderno de teoria e prática, o TP3, os professores escolheram e aplicaram duas das atividades avançando na prática, em sala de aula com seus alunos. Foi um momento extremamente rico em depoimentos. Pudemos perceber que de fato a maneira de trabalhar a língua portuguesa enquanto componente curricular está sendo inovada, é perceptível a mudança em processo. Segundo relatos dos professores cursistas, os reflexos de tudo o que se está discutindo no programa são positivos e apontam para uma mudança não apenas na prática pedagógica, mas, sobretudo no interesse dos alunos, que se mostram mais motivados e participativos nas aulas de língua portuguesa.
Após a realização da oficina, procedemos com o estudo da unidade 11. Durante a execução das atividades propostas nesta unidade, abrimos espaço para a leitura de textos teóricos complementares acerca da tipologia textual. Escolhemos dois teóricos que defendem pontos de vista diferentes no que se refere a abordagem do ensino de língua portuguesa: um que prefere o trabalho em sala de aula a partir do estudo do tipo textual e outro que defende o ensino a partir da abordagem do gênero. Este momento foi de extrema importância uma vez que serviu entre outras, para desfazer alguns equívocos com relação ao reconhecimento de um texto pelo tipo e pelo gênero. Muitos professores puderam ter mais segurança nesta classificação, sistematizando, assim, um conhecimento que é indispensável para o ensino da língua materna na escola. Não foi possível concluir a unidade neste encontro. Mas pudemos perceber que todas as questões apresentadas e discutidas neste dia motivaram os professores para que o mesmo reforçasse o desejo e a necessidade pela mudança na sua prática pedagógica em nome de um ensino de mais significativo e de mais qualidade.

PLANEJAMENTO
V ENCONTRO: 08/08/2009

Carga - Horária: 8 horas

CONTEÚDO: Unidade 12 – A inter-relação entre gêneros e tipos textuais:
1- Gêneros Textuais e Sequências tipológicas
2- Sequências tipológicas em gêneros textuais
3- A intertextualidade entre gêneros textuais

OBJETIVOS:
1- Relacionar seqüências tipológicas à classificação de gêneros;
2- Analisar seqüências tipológicas em gêneros textuais;
3- Reconhecer a transposição de um formato de gênero textual para outro.

PROCEDIMENTOS:
1º momento:

RETOMADA E CONCLUSÃO DO ESTUDO DA UNIDADE 11.
LEITURA DE TEXTO REFLEXIVO PARA INTRODUÇÃO DA UNIDADE 12
2º momento:

INÍCIO DO ESTUDO DA UNIDADE 12 – A inter-relação entre gêneros e tipos textuais:

1. Comentários sobre o texto, apresentado posicionamento em relação aos enfoques teóricos apresentados
2. Cada professor apresenta uma questão das atividades propostas, daquelas que mais apresentaram dificuldade, para socializar com a turma, bem como informando o conteúdo trabalhado na atividade e em que tal atividade pode auxiliar seu trabalho em sala de aula. Em seguida, outros critérios serão utilizados para a escolha da atividade.
3. Concluir a unidade, apresentando resumos dos conteúdos apresentados
4. Fazer os encaminhamentos das atividades AVANÇANDO NA PRÁTICA e a realização da oficina 06.
3º momento:

5. Acompanhamento do projeto
6. Lembrar aos professores que as atividades INDO Á SALA DE AULA e AVANÇANDO NA PRÁTICA são atividades que devem ser executadas na escola na qual desempenha sua função de professor e que sua prática deve sempre ser apresentada em forma de relatório, organizado de forma a compor seu portfólio.
7. Dar as orientações prévias para o encontro de 22/08/2009

ATIVIDADES AVALIATIVAS:
Presença e participação nas discussões e atividades propostas
Execução das atividades Oficina 6 e Avançando na prática

RELATÓRIOIniciamos o encontro fazendo a retomada dos conteúdos trabalhados no encontro anterior. Em seguida, procedemos a leitura de um texto reflexivo para introdução do conteúdo a ser abo4edado na unidade 12. Para este encontro, os professores já haviam realizado as atividades da referida unidade, uma vez que os encontros passaram a ser quinzenais, agora com espaço de tempo suficiente para as atividades em EAD. Desta vez, os professores ficaram á vontade para apresentarem as atividades. O primeiro critério para a discussão em sala de aula foi destacar a atividade ou as questões que mais apresentaram dificuldades. Depois, as atividades que melhor trataram do conteúdo trabalhado e, por último, aquelas que melhor poderiam ser aplicadas em sala de aula com os alunos. Após toda essa discussão, buscamos apresentar resumo dos conteúdos abordados. Em outro momento, passamos a tratar do projeto, que já está em andamento para alguns professores. Outros, ainda estão na fase de construção do projeto para implementação. Como avaliação, pude perceber que os professores estão bastante motivados e satisfeitos com o programa. Eles de fato trem percebido que as mudanças estão acontecendo em seu ambiente de sala de aula. Seguiram as orientações para o próximo encontro, 22/08/2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Projetos (in)úteis?

Foto: internet



Quando o muro separa uma ponte une
Se a vingança encara o remorso pune
Você vem me agarra, alguém vem me solta
Você vai na marra, ela um dia volta
E se a força é tua ela um dia é nossa
Olha o muro, olha a ponte, olhe o dia de ontem chegando
Que medo você tem de nós, olha aí
Você corta um verso, eu escrevo outro
Você me prende vivo, eu escapo morto
De repente olha eu de novo
Perturbando a paz, exigindo troco
Vamos por aí eu e meu cachorro
Olha um verso, olha o outro
Olha o velho, olha o moço chegando
Que medo você tem de nós, olha aí
O muro caiu, olha a ponte
Da liberdade guardiã
O braço do Cristo, horizonte
Abraça o dia de amanhã, olha aí

Pesadelo
by Marcelo Tapajós e Paulo César Pinheiro



A notícia de que há um Projeto de Lei tramitando no Congresso - já foi aprovado pelo Senado - para que seja obrigatória a execução do Hino Nacional com hasteamento da Bandeira uma vez por semana em todas as escolas do país me fez relembrar meus tempos de menina. Na época, década de 70/80, era ditadura militar e tínhamos aulas de Organização Social e Política Brasileira, Educação Moral e Cívica e, uma vez por semana, entoávamos o Hino no pátio durante o hasteamento de nossa Bandeira. Eu nutro um amor especial pela nossa Bandeira. Ela sempre me fascinou. Certamente um sentimento implantado por aquela época tão terrível de nossa história, em que éramos obrigados a cumprir protocolos sem o mínimo direito de abrir a boca para questionar. Aprendíamos todos os símbolos da pátria - boa herança da ditadura? Alguns artistas, por exemplo, compunham músicas de protesto disfarçadas, porque, se pegos, eram presos - como Cálice, de Chico Buarque. Adotavam pseudônimos para compor, como Julinho da Adelaide, também de Chico Buarque. Muitos sumiram "misteriosamente" à época, como Honestino Guimarães, estudante da UnB. Naquela época, ninguém nos contou do lema positivista inscrito na faixa central da Bandeira - Ordem e Progresso. Era o que vivíamos. Era o que esperavam de nós. Sem maiores (ou menores) discussões. Muitas pessoas gostam de afirmar que brasileiro não é patriota. Eu questiono essa suposta falta de patriotismo atribuída aos brasileiros só porque, diferentemente dos norte-americanos, cada um de nós não tem hasteada a Bandeira em nossas portas ou janelas?! É claro que, depois de 20 anos de tortura e submissão, as pessoas nutriram sentimentos de "liberdade" extrema e procuraram se distanciar ao máximo de tudo que relembrava aqueles tempos - acabaram, nas escolas, as disciplinas de OSPB, EMC e a obrigação de entoar o Hino e hastear a Bandeira; os protestos por liberdade de expressão já não faziam mais tanto sentido. Agora, vejo a possibilidade de retorno da cerimônia cívica nas escolas com um pouco de receio, mas também com a esperança de que isso reforce a democracia e a necessidade de se buscar direitos, de se tornar um cidadão mais crítico e consciente, especialmente ao escolher os representantes, pois estamos em outros tempos e as lutas agora são/devem ser outras. Mas os fantasmas de outrora ainda rondam o ideário brasileiro e as ações de muitos que se dizem representantes do povo também continuam como daquela época. Se o Projeto vingar, caberá ao professor exercer o papel de conscientizador, de democratizador do acesso a toda e qualquer informação sobre nossa história - passada e recente. O conhecimento aumenta as chances de desenvolvimento de uma nação. O conhecimento possibilita o surgimento da criticidade. Prefiro ver com bons olhos essa ideia. Prefiro acreditar que isso será bom para a comunidade escolar.

Notícia sobre o Projeto de Lei aqui.